septembre 28, 2007

Sugestão de leitura: Deux amours cruelles

Deux amours cruelles

Junichiro Tanizaki

Traduit du japonais par Kikou Yamata.

Préface de Henry Miller.

Stock, sept.2002, 159 pages, ISBN 2-234-5512-6, prix : 7,50 €

Este livro compreende duas histórias: l’histoire de Shunkin, et Ashikari, une coupe dans les roseaux.

Esta edição que li traz um prefácio interessantíssimo que não é de Mário de Andrade, mas de Henry Miller. Ele fala do seu amor pela arte e literatura japonesa e diz que elas têm sobre ele um efeito misto. “Tenho, às vezes, a sensação de que tudo aquilo se passa em outro planeta e fala de uma espécie que acaba de ser descoberta, outras vezes, sinto que tudo isto me é conhecido, que é a expressão mesma do homem original, a mais humana possível, a mais universal de todas as raças da terra.”

L’histoire de Shunki, a primeira das histórias, relata a vida de Koto Mozuya conhecida como Shunkin, filha de uma família rica. Shunkin tinha muitos talentos, a família a respeitava e investia nela. Aos nove anos, entretanto, Shunkin perde a visão e torna-se professora de música. Era extremamente exigente e punia com severidade seus alunos. Sasuke era aprendiz da família de Shunkin, apaixona-se por ela quando ainda menina, torna-se seu discípulo, atende todos os seus caprichos, mas não é aceito como esposo por causa de sua condição social inferior. Shunkin o aceita como amante e ainda assim, nunca assume publicamente a relação. Nada abale, porém, os sentimentos de Sasuke, ele comete os atos mais extremos por Shunkin. Quando ela, por causa de sua arrogância, é vítima de um atentado e seu belo e seu belo rosto fica, para sempre, desfigurado, Sasuke fura os próprios olhos para não vê-la naquele estado.

Ashikari, a segunda história, trata da vida de Oyu, uma jovem viúva impedida pela família do falecido marido de se casar novamente por causa da obrigação de cuidar de seu filho.

Sugestão de leitura: Dur, Dur

Dur, Dur
Banana Yoshimoto

Banana Yoshimoto nasceu em Tokyo no dia 24 de julho de 1964. Seu nome verdadeiro é Yoshimoto Maiko e escolheu este pseudônimo porque gostou da sonoridade. Seu pai, Yoshimoto Takaaki, é crítico literário, logo, Banana esteve, desde muito cedo, ligada ao mundo da literatura. Ela estudou artes e literatura na universida Nihon e ganhou seu primeiro prêmio literário em 1986 com sua novela "Moonlight Shadow". Em 1987, Banana escreveu a novela que a tornou mundialmente famosa, "Kitchen" que foi ganhadora do Kaien Magazine New Writer, um prêmio concedido a novos escritores.

Comprei e li ainda em Bruxelas, em maio, este pequeno livro, Dur, Dur que reúne duas pequenas novelas que tratam da morte, da memória, das relações familiares e outras.

A primeira conta a história de uma mulher que está ‘rememorando’ sua relação com outra mulher que morreu, logo depois do rompimento das duas, em um incêndio em seu apartamento. A segunda história é sobre a morte da irmã da narradora, ela conta a dor, a sua e a da família ao se depararem, do dia para a noite, com a inevitável morte de uma pessoa tão jovem e querida. O tema em si não é tão orginal, mas é narrado com muita sensibilidade. Eu gostei muito, principalmente desta segunda novela.

Leila S. Terlinchamp

Obs: Disponível em nossa biblioteca

septembre 25, 2007

'Tintim' é novamente acusado de racismo

PARIS (AFP) - O Movimento contra o Racismo e pela Amizade entre os Povos (MRAP), uma das mais importantes organizações francesas contra o racismo, se pronunciou nesta segunda-feira a respeito da polêmica em torno de "Tintim", um dos personagens mais famosos no mundo dos quadrinhos e que tem sido constantemente acusado pelo conteúdo racista em suas histórias.
A MRAP solicitou à Editora Casterman, que publica os diferentes álbuns de "Tintim", que inclua na nova reedição do livro "Tintim no Congo" um chamado de alerta contra os "preconceitos raciais".
A posição da MRAP, que reiterou seu "compromisso com a liberdade de expressão", foi mais contida em comparação a outras sobre o mesmo tema, que reclamaram claramente e até pediram que o álbum fosse posto fora de circulação.
Esse novo episódio do controverso "Tintim no Congo" começou em julho, quando a Comissão britânica para a Igualdade das Raças (British Commission on Racial Equality) acusou o livro de racista e pediu que ele fosse retirado de circulação.
Por essas denúncias, a Borders, uma das grandes livrarias britânicas, decidiu retirar o livro da seção "literatura para crianças" e colocá-lo em "Tiras cômicas para adultos".
Poucos dias depois, um estudante do Congo da Universidade livre de Bruxelas apresentou, na justiça da Bélgica, uma queixa para denunciar o caráter racista da publicação e para solicitar que ela fosse retirada de venda.
No início de setembro, o Conselho Representante das Associações Negras (CRAN), na França, considerou a tira ofensiva e solicitou à Casterman que a retirasse das livrarias.
"Nesta tira cômica, os estereótipos sobre os negros são particularmente numerosos", afirmou Patrick Lozès, presidente do CRAN, organismo criado em 2005 e que afirma reunir cerca de 120 associados.
"Os negros são mostrados como imbecis e até mesmo os cachorros e os animais falam francês melhor", disse Lozès, recordando que o próprio autor da tira, Georges Remi (Hergé), havia reconhecido que teria escrito a tira "sobre forte influência da época colonial".
"Tintim no Congo" foi publicado pela primeira vez em 1930, pela revista belga Le Petit Vingtième e logo depois pelas Edições Casterman, que obteve os direitos de publicação exclusiva dos diferentes livros que narram as aventuras do jovem repórter.
Este álbum foi lançado após "Tintim no país dos soviets", em que Hergé utilizou como fonte de documentação um panfleto marcadamente anti-soviético, escrito por um ex-cônsul belga.
"Timtim no país dos soviets" não foi republicado pela Casterman e os exemplares publicados em 1920 se tornaram em objeto de colecionadores e de numerosas falsificações, antes de uma edição em série em 1981.
Hergé afirmou mais tarde que no momento que criou os dois álbuns vivia em um meio que prejudicava sua visão sobre a antiga União Soviética.
"Era em 1930 e eu não sabia nada sobre esse país, além do que as pessoas relatavam nessa época", afirmou.
Hergé defendeu sua obra alegando que os personagens eram fictícios e que se eles faziam os brancos sorris, também podia fazer os congoleses gargalhar porque lhes dava motivo para debochar da estupidez dos brancos que os viam como eram representados pela tira cômica.

source: yahoo

septembre 24, 2007

Sugestão de leitura - Les mots


Les mots(1964) - Jean-Paul Sartre - Editions Gallimard

A primeira leitura que fiz de Les Mots foi em 1990, no curso de Letras, releio-o agora, tantos anos depois e percebo que ainda me lembro de muita coisa, muitas passagens. Entretanto, ao abrir o livro, nada me vinha à cabeça, pensei que tudo tivesse se apagado. Bobagem duvidar tanto da memória, ainda que eu estivesse senil seria impossível esquecer, por exemplo, de uma das últimas frases do livro “Rien dans les mains, rien dans les poches” que Caetano Veloso usou na sua música Sem lenço, sem documento, no trecho “Nada no bolso ou nas mãos, eu quero é seguir vivendo….”.

Este livro, única narrativa autobiográfica de Jean-Paul Sartre, é dividido em duas partes: Ler e Escrever, os dois acontecimentos mais importantes da sua vida. A etapa mais relevante desta biografia é a infância do escritor. Pois é, parece que ele já nasceu escritor, em criança já agia como um escritor, se imaginava adulto e escritor, brincava de escritor …e revela tudo isso com humor, desmistificando muito da infância e também da profissão, com forte espírito crítico.

Sartre fala muito da mãe que é mostrada como uma quase irmã, o pai ele perdeu cedo, tinha menos de um ano, e foi viver com a mãe na casa de seus avós maternos, Charles et Louise Schweitzer. O Avô e sua biblioteca exerceram grande influência na vida do escritor.

A criança não sofreu com a morte do pai, muito ao contrário, foi a sua morte que o tornou livre, ‘não há bom pai e não é culpa dos pais’ mas das ‘relações paternas que são podres.’ Teve, assim, uma infância feliz vivida, basicamente, no meio dos adultos. Tudo isso deve ser, sem dúvida é, importante na formação do escritor e do homem, mas o mais interessante do livro é mesmo o leitor e o escritor em formação, a descrição da sua relação com os livros antes mesmo de saber ler, a relação com a própria biblioteca que é comparada a um templo sendo o livro a sua religião.

Uma parte do livro de certa forma engraçada, é quando os primórdios do cinema são mostrados e o autor diz: ‘era o divertimento das mulheres e das crianças.’ Não era exatamente divertimento de ‘gente séria’. Sartre e a mãe adoravam.

Visto que não havia dúvida de que Sartre seria mesmo escritor o avô o aconselha a ser, ao menos, realista, encarar as coisas de frente, sabia ele que escritores famosos tinham morrido de fome e que outros tinham se vendido? Se Sartre quisesse conservar sua independência convinha escolher uma segunda profissão, ser professor, por exemplo. A literatura não alimentava.

Outro ponto que destaco é quando, quase no final, o autor afirma que não tem especial talento para a escrita, que seus livros sentem ao ‘suor e esforço.’

Sartre nasceu em 1905, recusou o prêmio Nobel em 1964, morreu em 1980.

Frase interessante: “Dans nos sociétés en mouvement les retards donnent quelquefois de l’avance.” P. 55

Leila S. Terlinchamp

Sugestão de leitura - Une soif d’amour


De Yukio Mishima (1925-1970)
(Pseudonyme de Kimitake Hiraoka)

Este livro de Mishima com título que lembra os romances Sabrina concentra-se na personagem da jovem Etsuko. Fria, ela assiste com certo prazer à morte do marido, Ryosuke, que, ela imagina, a enganava e a tratava com a mais dolorosa indiferença. Viúva, passa a viver na casa do sogro, Yakichi, e torna-se sua amante. Na mesma casa, no campo, vivem os cunhados, cunhadas de Etsuko e as crianças.
Etsuko, uma aristocrata, apaixona-se por um dos empregados da casa de Yakichi, o jovem e belo Saburo. Guiada pela paixão, pelo egoísmo e pelo ciúme a jovem aristocrata manipula o sogro e o próprio Saburo que mal percebe o que acontece ao seu redor e muito menos os sentimentos que inspira. Na sua simplicidade de homem do campo o rapaz é mais dado às sensações que aos sentimentos, ele e Miyo, também empregada da casa, fazem amor quando sentem vontade de fazer amor, sem refletir sobre o sentimento em si, sem nada que os una além da atração física. Miyo fica grávida de Saburo e é nesse ponto que
a narrativa corre e todas as facetas de Etsuko são claramente mostradas. Ela não pode perdoar a Saburo o fato de amá-lo e não ser correspondida (se é realmente amor o sentimento que ela nutre), o fato de sofrer por ele.


Mishima nasceu em Tóquio, em 1925, é mais conhecido no ocidente pela morte
espetacular do que pela obra em si. Em 1970 suicidou-se segundo o ritual do Seppuku, o suicídio foi minuciosamente preparado, ao final do ritual teve a cabeça decepada, como mandava o figurino. Masakatsu Morita, aparentemente amante de Mishima, tinha sido designado para esta tarefa mas não foi capaz de cumpri-la, Koga terminou o trabalho e Masakatsu, por sua vez, matou-se também de acordo com o ritual.
Mishima escreveu 40 novelas, uma vintena de peças de teatro, mais de vinte livros de conto e vários ensaios. Foi três vezes candidato ao prêmio Nobel.


Leila Silva Terlinchamp

obs: Disponível em nossa biblioteca.

septembre 20, 2007

La basilique du Sacré-Cœur


La basilique du Sacré-Cœur, dite du "Vœu national", située au sommet de la butte Montmartre, surplombant la ville de Paris, est une basilique dont la construction fut décrétée par une loi votée par l'Assemblée nationale le 23 juillet 1873 après la défaite de 1871 pour « expier les crimes des communards », ainsi que pour rendre hommage à la mémoire des nombreux citoyens français qui ont perdu la vie durant la guerre franco-prussienne. C'est l'architecte Paul Abadie (mort en 1884) qui gagne le concours pour sa construction., dite du "Vœu national", située au sommet de la butte Montmartre, surplombant la ville de Paris, est une basilique dont la construction fut décrétée par une loi votée par l'Assemblée nationale le 23 juillet 1873 après la défaite de 1871 pour « expier les crimes des communards », ainsi que pour rendre hommage à la mémoire des nombreux citoyens français qui ont perdu la vie durant la guerre franco-prussienne. C'est l'architecte Paul Abadie (mort en 1884) qui gagne le concours pour sa construction.

Source: Wikipedia
Pour en savoir plus:
La Basilique du Sacré Coeur

septembre 01, 2007

L’arc de triomphe de l’Étoile

L’arc de triomphe de l’Étoile appelé partout dans le monde arc de triomphe, est situé à Paris, sur la place de l’Étoile, à l’extrémité ouest de l’avenue des Champs-Élysées, à 2,2 kilomètres de la place de la Concorde.

La place de l'Étoile forme un énorme rond-point de douze avenues percées au XIXe siècle sous l’impulsion du baron Haussmann, alors préfet du département de la Seine. Ces avenues « rayonnent » en étoile autour de la place, notamment l’avenue de la Grande-Armée, l’avenue de Wagram et, bien sûr, l’avenue des Champs-Élysées.

Ce monument parisien majeur est haut de 50 mètres et est large de 45 mètres.

Marie Curie

Maria Skłodowska-Curie, née à Varsovie le 7 novembre 1867 et décédée à Sancellemoz le 4 juillet 1934, connue en France sous le nom de Marie Curie, est une physicienne polonaise naturalisée française.

Elle a reçu en 1903 le prix Nobel de physique, avec son mari Pierre Curie et Henri Becquerel, et en 1911 le prix Nobel de chimie pour ses travaux sur le polonium et le radium. Elle est la seule femme à avoir reçu deux prix Nobe.
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source: wikipédia

Le Panthéon


Le Panthéon est un monument situé sur la montagne Sainte-Geneviève, dans le Ve arrondissement de Paris, au cœur du quartier latin. Il est entouré notamment par l'église Saint-Étienne-du-Mont, la bibliothèque Sainte-Geneviève, l'université de Paris I (Panthéon-Sorbonne), l'université de Paris II (Panthéon-Assas), la mairie du Ve arrondissement et le lycée Henri-IV. La rue Soufflot lui dessine une perspective à partir du jardin du Luxembourg. Construit à l'origine comme une église pour abriter la châsse de sainte Geneviève, ce monument a maintenant vocation à accueillir les cendres de grands personnages ayant marqué l'histoire de France. Ses différentes destinations successives, sa décoration, les inscriptions et les symboles qui y figurent, permettent de parcourir la construction — lente et contrastée — de la nation française.
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source: wikipedia

Les Gaulois

Le terme de Gaulois désigne les populations protohistoriques de Celtes qui résidaient en Gaule, (Gallia en latin), c'est-à-dire approximativement sur les territoires actuels de la France, de la Belgique, de la Suisse et de l'Italie du Nord, probablement à partir du premier âge du bronze (IIe millénaire av. J.-C.).

Les Gaulois étaient divisés en de nombreux peuples qui se comprenaient entre eux, qui pensaient descendre tous de la même souche et qui en connaissaient la généalogie. A ces liens de filiation, réels ou mytiques, qui leur créaient des obligations de solidarité, s'ajoutaient des alliances qui mettaient certains d'entre eux dans la clientèle d'un autre pour former des fédérations comme celles des Arvernes et des Éduens. Chacun de ces peuples était divisé en "civitas" identifiées par un chef-lieu et un territoire appellé en latin "pagus", lui même subdivisé en "vicus" correspondant à peu près à nos cantons.

Les civilisations gauloises sont rattachées en archéologie à la civilisation celtique de La Tène (du nom d'un site découvert au bord du lac de Neuchâtel, en Suisse). La civilisation de la Tène s'épanouit sur le continent au second âge du fer et disparut en Irlande durant le haut Moyen Âge.
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Source: wikipedia