[Continuação de Bélgica, um pequeno grande país.]
Antuérpia, o diamante que nunca sai de moda
Antuérpia sempre teve destaque na Bélgica. No passado, era famosa por ser um grande pólo de comércio de tecido e um importante porto nacional. No presente, ganhou notoriedade por ser a capital da moda no país e por possuir uma agitada vida noturna.Mesmo conservando seu lado medieval e possuindo uma das maiores catedrais da região, a terra natal do pintor Rubens exibe um clima mais moderno que outros municípios de Flandres. A sensação que se tem, passeando pela cidade que fica a 48 quilômetros de Bruxelas, é que todo mundo ali é descolado.Sentiu-se um peixe fora d'água e tem dinheiro sobrando na viagem? Então, invista em novos modelitos. Nos postos de informações turísticas há folhetos com roteiros da fashion walk por E$ 3. Aos mais entendidos ou menos endinheirados, o Museu da Moda cumpre bem o papel. O local tem um design diferente e, na exposição permanente, vêem-se exemplares de várias épocas de chapéus, tecidos, vestidos, sapatos. Tudo separado por cores.Mas a principal cidade flamenga ainda é famosa por mais uma valiosa razão: seus diamantes. Cerca de 80% dos diamantes polidos no mundo vêm da Bélgica (pelo menos é isso que eles dizem). Saber mais sobre as tão cobiçadas pedrinhas fica fácil. Basta ir ao Diamant Museum ou à loja DiamondLand. Nesta última, além de conhecer o processo de lapidação do diamante em um tour de cerca de 10 minutos, pode-se adquirir uma dessas jóias.
CASA DE RUBENS
Seguindo a rota imaginária da fama de Antuérpia, vá então até a Rubens House (Casa de Rubens), um dos mais renomados pintores da arte flamenga. Na verdade são duas casas de estilo renascentista, uma ao lado da outra: a do lado esquerdo era sua casa, a do direito, seu ateliê. Passeia-se por quase todos os cômodos, alguns ainda guardam móveis da época em que o artista lá viveu. Na sala de jantar, o destaque é um auto-retrato.De uma forma ou de outra você passará pela Catedral de Nossa Senhora, um monumental templo gótico de detalhes surpreendentes em sua fachada, erguida entre 1351 e 1521. Dentro, há nada menos que sete corredores, paredes cobertas por afrescos e três obras de seu filho mais famoso. Bem perto dali, numa discreta casa de esquina, fica um dos restaurantes mais pitorescos da Antuérpia: o Elfde Gebod, ou traduzindo, o 11º Mandamento. É decorado com mais de 330 imagens de santos de tamanhos e origem variados colecionados pelo dono há mais de 25 anos. Se quiser colaborar, leve um do Brasil, que deverá ser aceito de bom grado.A especialidade são pratos típicos da região, mas como você provavelmente não vai entender nada do que está escrito no cardápio e os garçons falam pouquíssima coisa em outro idioma que não seja o flamengo, aí vai uma dica: endívias gratinadas e recheadas com presunto. Decore o pedido para não perder a chance de se deliciar: witloof in de oven - um manjar dos deuses numa casa de santos. (LR)
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