mai 06, 2007

Simenon

Escritores belgas francófonos:

O escritor belga francófono mais célebre no mundo é Simenon (1903-1989), o criador do inspetor Maigret. Georges Simenon nasceu em Liège e começou cedo a publicar, com apenas dezessete anos e foi um escritor extremamente produtivo, dizem que em 15 dias ele era capaz de escrever uma novela. Claro, era considerado pela crítica um escritor menor, um sucesso comercial. É verdade que boa parte da sua obra foi escrita com o intuito de fazer dinheiro, mas nem toda e o escritor vem sendo reconceituado agora. Viveu em diferentes lugares, Liège, Paris e em alguma cidade da Suíça, muitas de suas obras foram adaptadas para o cinema. Simenon tem uma biografia das mais conturbadas, quem se interessar em saber mais sobre assunto pode conferir (em português) aqui e http://www.xenia.com.br/jornal/simenon.htm aqui. Simenon já foi acusado, inclusive por alguém da própria família, de ter colaborado com os alemães durante a Segunda Guerra. Não sei se isso tem fundamento ou não, tenho amigos de Liège mesmo que levam isso a sério e detestam a pessoa Simenon. Não é para desculpá-lo, evidentemente, mas não terá sido o único escritor a fazê-lo. O escritor francês Louis-Ferdinand Céline tem um passado muito mais sujo, era abertamente anti-semita e colaborou com os nazistas ou ainda o escritor americano Ezra Pound. É duro para quem gosta tanto de literatura aceitar que escritores brilhantes como Céline, Ezra Pound e outros tenham tomado essas posições, mas c´est la vie!
“Ele é o maior de todos… o mais verdadeiro romancista que tivemos na literatura.”André Gide
Vou escrever outro post sobre os escritores belgas francófonos para que este não fique muito longo e chato e depois vou falar o que puder sobre os escritores flamengos que conheço tão pouco.

Nous voici à l’écrivain belge le plus célèbre au monde : Georges Simenon. Quant la guerre commence, il a déjà, comme Steeman, publié bon nombre de titres qui l’ont fait connaître d’un large public. En 1940 paraît « Le bourgmestre de Furnes », l’un de ses meilleurs romans, de la veine de ceux qui ont valu à Simenon la réputation non d’un auteur de policiers, mais de romans psychologiques. Citons encore, à titre d’échantillons, « L’horloger d’Everton » (qui date de la période « américaine », soit 1945-1955), des enquêtes du commissaire Maigret.
Tous les livres de Simenon, à des titres divers, sont des oeuvres d’atmosphère. Elles relèvent d’une sorte de « néo-naturalisme », dans la mesure où les personnages semblent fréquemment menés par une fatalité incontournable, et leur comportement comme pré-déterminé par le lieu dont ils sont issus. Mais leur intérêt provient surtout d’une écriture parfaitement adaptée à l’imaginaire du récit, de l’absence d’importunes « explications » psychologiques, de motifs obsédants comme le regard, l’attente, le silence.

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